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Relevo e Solo
O relevo
O relevo do município é moderadamente acidentado. Do rio Tua ao monte de S. Domingos e à serra da Garraia, altitude vai subido gradualmente, destacando-se, aqui e ali, alguns cabeços, que se vão sobrepondo:
- Quinta do Rebentão 362 m;
- Cabeço da Sobreira 387 m;
- Mourão 452 m;
- Salto 460 m;
- Quinta do Prado 463 m;
- Cabeço dos Lobos 488 m;
- Alto do Lambedoiro 508 m;
- Alto da Serra 532 m;
- Ratiço 562 m;
- Casinha 570 m;
- Crasto 592 m;
- S. Domingos 667;
- Garraia 891;
Para nordeste dessa linha, sucede-se o planalto de Valongo de Milhais-Jou, que ronda os 600-700 m e que, a poente, se inclina para a ribeira de Curros. Aí se erguem, quer a nordeste, quer a noroeste, vários morros que ultrapassam essa altitude:
- Crueiro 729 m;
- Picoto 738 m;
- Sapateiros 733 m;
- Rancho 765 m;
- Santa Isabel 766 m;
- Alta do Vale da Vide 762 m;
- Alto dos Borralheiros 733 m;
Entalado entre o rio Tinhela e o pequeno conjunto Escarão-Falperra, estende-se o planalto de Jales, cuja altitude oscila entre os 650 e os 750 m, mas onde se podem medir, na parte ocidental, cabeços bem mais levantados:
- Escarão 1034 m;
- Cabeço do Pico 950 m;
- Serra 920 m;
- Sadoeiro 795 m;
- Cabeço da Arca 821;
- Portelinha 942 m;
- Cabeço do Vale Cerdeira 945 m;
- Asnela 954 m;
- Cabeço das Fisgas 961 m;
- Santestinha 783 m;
- Rolão 794 m;
A parte a oriente do Tinhela tem uma inclinação dominação de noroeste-sudete; ao contrário, a parte ocidental está maioritariamente voltado para nascente.
O solo
Nas áreas de xistos e de quartzitos dominam os solos delgados (leptossolos) sobre os solos em evolução (cambissolos). Em contrapartida, nas áreas graníticas os segundos abundam mais que os primeiros. Nos vales e nas áreas côncavas predominam os solos de aluvião e de coluvião (fluivissolos).
Importa dizer, a propósito, que grande parte do solo concelho foi alterada pelo homem, com *surribas e a construção de sucalcos (“geios”), tedno originado os solos marcados pela acção humana (androssolos).
O solo de Murça é, sob o ponto de vista agrícolo, um dos mais pobres de Trás-os-Montes. Os solos agricolamente bons apenas aparecem numa pequena mancha da freguesia de Jou, que vai da Freiria ao norte da Granja, numa estreitíssima faixa ao longo da ribeira de Valongo de Milhais, em torno dos lugares do Fiolhoso, Fonte Fria, Vilares, Asnela e Carva, nas imediações da Vila e, mais vastamente, na ribeira de Noura.
Os solos de boa aptidão agrícola ocupam tão-só 36 km², aproximadamente, ou seja cerca de 21% do total; dessa área, 15 km² estão votados ao cultivo da vinha e do olival. Acontece que a área efectivamente cultivada é bastante mais extensa, pelo que podemos concluir que certos solos estão a ser utilizados para além da sua capacidade de uso. Este facto, de par com o insucesso económico, traz consigo a degradação progressiva tanto dos solos como do equilíbrio ecológico da paisagem.