Percursos Turísticos
Castro de Palheiros
Esta é uma fortificação castreja tipicamente celta. Estes povos entraram na Península Ibérica no século VI a.C., trouxeram aos povos indígenas aí existentes a técnica do ferro e escolheram lugares altos para se instalar, arejados e com grande visibilidade, onde fosse mais fácil a defesa contra os seus inimigos.
São cabeços graníticos enormes, à volta dos quais os celtas construíam muralhas altas, dentro das quais edificavam habitações circulares com pequenos muros de pedra, cobertos de colmo, argila ou madeira.
Sai-se de Murça para Este, a caminho da freguesia de Palheiros, e no ponto mais alto lá está o Castro que se vê de todo o Concelho.
A Via Romana e a Ponte Velha Filipina
São muitos os vestígios da romanização portuguesa. Quando chegaram ao território da Península Ibérica, a que hoje chamamos Portugal, em finais do século III a.C., os romanos tiveram sempre uma estratégia de domínio e de comunicação. Para progredir no terreno e para que as legiões pudessem caminhar, construíram vias de acesso, calçadas e pontes, que ligavam pontos estratégicos do território. Por Murça passa a grande via romana que ligava Astorga à foz do rio Douro, atravessando o rio Tinhela e que depois da ponte que aí construíram, se divide a caminho de Braga ou a caminho do vale duriense.
Porca de Murça
A “Porca de Murça” é, provavelmente, dos mais antigos vestígios da cultura indígena e castreja. É, aliás, um porco de cobrição, ou Berrão, em tamanho natural, a estátua zoomórfica que encontramos no largo principal de Murça. Terá vindo de outro local do concelho, um castro, onde draganos e zoelae, povos pré-celticos, se instalaram. Era normal a existência destas estátuas rudes, simbolizando machos adorados como divindades capazes de proteger e manter a fertilidade da espécie, cuja celebração se fazia no masculino. Existem algumas dezenas de Berrões em Portugal e Espanha, e onde existem geram lendas e transformam-se em ex-libris das terras e orgulho da cultura popular.
Monumentos da Vila de Murça
O Pelourinho de Murça é do século XVI, manuelino, portanto, e não está por acaso na Praça do Município, olhos nos olhos com a casa da Câmara. Este marco de pedra, com base, fuste e capitel, significava o poder e a autonomia do povo sobre o território do concelho – uma espécie de brasão do povo e símbolo de liberdade.