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Centro de Apoio ao Idoso nasce na antiga Escola Primária de Jou
No âmbito do projeto “Jou Solidário” nasceu em Jou, o Centro de Apoio ao Idoso (CAI), que funciona agora nas instalações da antiga Escola Primária de Cimo de Vila. O renovado equipamento vai ajudar os mais velhos na aquisição de medicamentos e alimentos, vai ter ginástica, trabalhos manuais, passeios, transporte até ao Centro de Saúde, haverá um programa de atividades lúdicas, recreativas, de lazer e terá ainda um serviço de refeição, entre outras valências de ocupação dos tempos livres.
O serviço vai funcionar como “centro de dia”, em que as pessoas que quiserem usufruir deste novo espaço serão recolhidas de manhã nas suas casas e depois serão transportadas por uma carrinha, que é propriedade da Junta de Freguesia, até ao CAI, onde poderão realizar diversas atividades, de acordo com aquilo que mais gostam de fazer.
Esta foi uma forma que a junta de freguesia local encontrou para combater o isolamento dos idosos e contribuir para melhor coesão social, como nos referiu o presidente da junta, Carlos Silva. “O espaço irá receber 15 idosos, que terão todo o apoio da junta. Apesar da conjuntura económica não ser a melhor, temos feito o que é fundamental, sobretudo no apoio social, em que fazemos obra com pouco dinheiro”.
O autarca é muito crítico com as políticas que têm sido seguidas pelos sucessivos governos, que têm levado à desertificação do interior, no entanto ainda acredita que estes territórios de baixa densidade vão ser muito povoados. “Estou convicto que a nossa juventude vai acordar para a realidade do nosso país, que não pode ser só o Porto, Lisboa e Coimbra. Ao longo de muitos anos, as câmaras municipais fizeram muito trabalho, muito dele mal feito, uma vez que não promoveram ações para captar investimento para o interior. Os dinheiros não devem ser gastos só em rotundas, jardins, campos de futebol, etc., temos de criar condições para que as pessoas se instalem aqui no interior. Com a sua chegada, criam-se muitos serviços, comércio, uma dinâmica económica que não existe na maior parte dos nossos concelhos. No entanto, continuo esperançado que será possível inverter esta tendência”.
O projeto, apoiado pela Fundação EDP em 18400 euros, tinha um orçamento inicial de 103 mil euros, mas houve que fazer alguns ajustes e já vai num investimento superior a 130 mil euros, sendo que está a ser desenvolvido pela junta de freguesia de Jou, com a colaboração da Câmara Municipal de Murça, que financiou o projeto com 27500 euros.
O presidente da Câmara de Murça, José Maria Costa, referiu que a freguesia de Jou necessitava deste equipamento, uma vez que esta parte de montanha do concelho é a única que, até ao momento, não possui qualquer valência desta natureza de apoio social. “Sou desta freguesia e sugeri ao presidente da junta para arrancar com o projeto, isto porque no concelho temos apenas uma IPSS, que é a Santa Casa da Misericórdia, e os equipamentos distribuídos no concelho há um em Murça (lar e centro de dia), outro no Candedo e outro em Fiolhoso. Este era um dos locais que não tinha qualquer equipamento social. Claro que nós desejaríamos construir aqui um lar, mas até agora não foi possível, no entanto já compramos um terreno para esse efeito. O projeto existe mas ainda não foi possível materializá-lo. Quem não tem cão caça com gato e nasceu aqui o CAI”, sustentou o edil.
A freguesia de Jou tem cerca de 750 habitantes, cerca de 60 por cento da população é idosa, e abrange os lugares de Aboleira, Banho, Castelo, Cimo de Vila, Freiria, Granja, Novainho, Rio, Mascanho, Penabeice, Toubres e Vale de Égua.
Com a entrada em funcionamento do centro escolar de Murça, em 2011, todas as escolas primárias do concelho fecharam as portas e esta foi uma forma de voltar a colocar os equipamentos ao serviço da população. “Esta escola já albergou quase 100 crianças por ano letivo, mas atendendo aos tempos todos foram concentrados no centro escolar de Murça, no entanto os equipamentos sempre estiveram ao serviço da população e vão continuar a estar, só que numa outra vertente”, finalizou José Maria Costa.
Desde 2011 que o município tem desenvolvido esforços com as juntas de freguesia no sentido de não deixar o património das antigas escolas
Texto da autoria da jornalista Márcia Fernandes, publicado pelo jornal "A Voz de Trás-os-Montes"
Fotos cedidas por "Terras de Jou"
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