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Escavações arqueológicas no Crasto de Palheiros
Promoveu a Câmara Municipal de Murça a 10.ª campanha de escavações arqueológicas, de restauro e de consolidação de estruturas no Crasto de Palheiros, dando continuidade, e novo fôlego, às investigações desenvolvidas desde meados dos anos de 1990.
Tendo sido o Crasto musealizado e aberto ao público, com o seu atraente e original Centro Interpretativo, em Junho de 2009, ocorreram neste verão, de 3 a 15 de Julho, os trabalhos de recuperação do sítio arqueológico para o público.
Atentando na necessidade de dinamizar a riqueza patrimonial deste original sítio arqueológico, que constitui, na atualidade, uma das entradas do Parque Natural do Vale do Tua, o Município de Murça promoveu a consolidação de estruturas e de percursos internos de modo a melhor suportarem as futuras visitas turísticas. Tais acções foram levadas a cabo por uma equipa da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e outros arqueólogos formados por aquela Universidade, liderada pela Professora Maria de Jesus Sanches.
As descobertas arqueológicas desta campanha revelaram de forma inequívoca que a Fragada do Crasto foi o único grande Centro político e religioso da região transmontana durante todo o 3º milénio antes de Cristo, tendo sido nele investido um esforço de construção e manutenção que é difícil imaginar para aquela época. E deste modo paraleliza com todos os grandes monumentos pré-históricos, extremamente divulgados pela imprensa internacional, como Stonehenge, em Inglaterra , ou Carnac, na Bretanha francesa.
As construções ocupam uma área superior a 3 hectares, mas a maioria dos segredos das pedras está ainda por descobrir. Só a continuidade de escavações revelará todo o potencial imerso no subsolo, com destaque para a reconstituição da paisagem e dos modos de organização económica, social e política da época.
A par da renovação dos conteúdos do centro interpretativo e na criação da reserva arqueológica do Concelho de Murça, aposta-se agora na criação de programação de eventos regulares para 2018, abordando não só a temática arqueológica mas também geológica, astronómica, ambiental, paisagística, gastronómica e cultural.
Aguarda ainda com muita espectativa a aprovação da candidatura efetuada à Fundação para a Ciência e Tecnologia (“Home Land. Terra: saberes milenares na construção arquitectónica e cultivo dos campos na promoção da herança cultural e do turismo em regiões rurais do Alto Douro”) que dará, com toda a certeza, um novo alento e vida à fragada do Crasto.
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